07 abril, 2009

Projeto Amai-vos e Instruí-vos – Março de 2009

Editorial - Valorizemos a Vida

Vivemos mesmo uma época de ímpetos. É a sociedade globalizada, técnica,informativa, materialista e de risco. Se por um lado, os avanços científicos e as novas tecnologias têm contribuído para a melhoria das condições de vida de milhões de pessoas, em diversas partes do mundo (melhoria da saúde, aumento de oportunidades, melhora dos produtos, dentre outras), por outro, estão alterando profundamente o modo como nos relacionamos e como vivemos nossas vidas.
Nesse contexto, a assertiva do Apóstolo Paulo – "Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Galátas, 6:7) – nos chama a atenção para a Lei Divina de Causa e Efeito, ou de Ação e Reação, a que estão submetidas todas as nossas condutas e que serve, quando observada e cumprida, como uma diretriz segura de preservação da vida humana. É que nestes tempos tecnológicos e de sociedade de risco, as regras éticas e de prudência assumem papel de destaque frente às incertezas e inseguranças produzidas pelo mundo contemporâneo. Ainda mais quando crescem os argumentos, os modos e os instrumentos (sociais, políticos, jurídicos) para a interrupção voluntária da vida em formação, ou seja, para o aborto.
Desse modo, cabe-nos observar, cautelosamente, as notícias da mídia que, frequentemente, destaca, em manchetes de capa e com letras garrafais, as questões relativas ao abortamento. Exemplificadamente, pois, em Janeiro do corrente ano, uma revista de grande circulação nacional trouxe, nos moldes citados, o tema cujo conteúdo destaca as decisões de alguns médicos brasileiros de auxiliar suas pacientes decididas a interromper uma gravidez indesejada, fundamentados na filosofia de redução de danos para o aborto.
De logo, há de se perguntar: redução de danos para quem? Para a paciente grávida? Para o ser em formação? Para o médico? Para o governo, com suas políticas abortivas e ilegais (já que alguns municípios começam a adotar na rede pública tal prática)? Isso a revista, infelizmente, não informou.
Mas algo bastante relevante ela assinalou: o fato de que as pessoas envolvidas em atos dessa natureza – que ferem gravemente as leis divinas inscritas na consciência, conforme a questão 621 do Livro dos Espíritos – sofrem abalos psíquicos e emocionais antes, durante e após a decisão e a execução do abortamento. Nesse sentido, indispensável, para a comprovação do afirmado, destacarmos apenas dois trechos da reportagem: "Por mais que a mulher esteja determinada e certa de sua decisão, optar por um aborto é sempre devastador.
Ninguém que já tenha vivido a situação relata a experiência com a tranquilidade de quem acabou de dar um passeio no shopping. Não é simples nem nos casos em que a gravidez é resultado de uma agressão,..."; e "Por mais que os médicos se rendam às demandas de suas pacientes e por mais que a legislação avance, a interrupção do processo de criação de uma vida humana nunca será de fácil compreensão intelectual ou emocionalmente simples".
É que, em verdade, como luminosamente nos diz a Doutrina Espírita, não somos só o corpo. Somos muiiiiiiiiiito mais! Somos criação divina. Somos espírito, perispiríto e corpo e tudo – absolutamente tudo – o que fazemos repercute dentro e fora de nós. Estamos, portanto, irremediavelmente submetidos à Lei de Ação e Reação cuja repercussão se dá para muito mais além do que imaginamos. Logo, interromper uma vida implica não somente em privarmos ilicitamente a reencarnação de um ser indefeso, mas também em lesar profundamente as três dimensões do ser humano acima citadas e em desenvolver dolorosos processos obsessivos e de complexas elucidações.
Estejamos, assim, atentos e prudentes não só às, por vezes, exageradas e manipuladoras notícias jornalísticas, mas, preponderantemente, à forma e ao conteúdo das informações veiculadas, na certeza de que nas questões referentes à vida – em especial, a sua eliminação por meio do abortamento – sempre teremos muitas estatísticas, dados, números e defesas sobre tal prática e, quase nunca o enfrentamento das reais causas – com frequência, de natureza egoística e de fuga ao dever – e das graves e inescusáveis consequências físicas, emocionais, psicológicas e espirituais. Sejamos, então, prudentes e simples, como recomendou Jesus, e, principalmente, valorizemos a vida, sempre.

Equipe do Projeto

Pensamento
"Não temos outro juiz nem outro carrasco a não ser a nossa consciência, pois essa consciência, assim que se desprende das sombras materiais, torna-se um julgador terrível."

Reflexão
"O sofrimento é o instrumento de toda elevação, é o único meio de nos arrancarmos à indiferença, à volúpia. É o que esculpe nossa alma, lhe dá mais pura forma, beleza mais perfeita. "

Veja mais no informativo:
  • Série Doutrinária - Dia Internacional da Mulher
  • Série Mediunidade - A Mediunidade e seus "Porquês"
  • Série Intercâmbio Mediúnico
  • Série Sentimento
  • Série Reflexões de Um(a) Aprendiz
  • Atendimento Fraterno na Casa Espírita
Faça o download aqui:
http://users.hotlink.com.br/rafp/PAI_InfMarco2009.pdf