19 maio, 2012

Informativo Nº 25 – Ano V – Abril de 2012


Editorial - A Doutrina Espírita Ante os Problemas Atuais
...É um desses movimentos gerais que se opera neste momento, o que deve trazer o remanejamento da humanidade. A multiplicidade das causas de destruição é um sinal característico dos tempos, pois elas devem acelerar a eclosão dos novos germes. São as folhas de outono que caem às quais sucederão novas folhas cheias de vida, pois a humanidade tem estações, como os indivíduos têm idade. As folhas mortas da humanidade caem carregadas pelas rajadas e pelos golpes do vento, mas para renascer mais vivazes, sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.
A Gênese

Compreendendo a dificuldade por que passa toda a humanidade, sofrendo a cada dia mudanças de paradigmas, de conhecimentos, de sentimentos, de dores inenarráveis, de descobertas científicas, de curas de doenças que até ontem eram tidas como incuráveis, nos damos conta de que existe uma força, se derramando sobre tudo, causando por isso mesmo, destruição, desolação, tristeza, levando a humanidade a se questionar o porquê de tantas transformações juntamente com todos os avanços tecnológicos.
O planeta Terra, ao contrário do que pensam alguns, não reclama por atenção. Ele apenas se manifesta pela vontade do Criador, para que haja renovação, superação, mudança de mentalidade, levando essa geração a uma reflexão, na qual não há calmaria, mas sim estímulos profundos em nosso ser, nos levando a colocar os pés em terra firme, com uma consciência desperta de que somos seres preparados para evoluir rumo à perfeição. Esse nível de consciência ocorre hoje, nestes novos tempos, nos quais tsunamis varrem grande soma de seres, mortes coletivas são vistas diariamente, filhos matam pais, idosos morrem por abandono, casais se separam em grande número, crianças vagam pelas ruas gritando por uma mãe... Essas dores são como choques elétricos constantes, disparados a cada segundo em nossas mentes, e fazem com que a nossa consciência torne-se plena no aqui e agora, e com que a ponte entre o ego e o self torne-se visível, convidando a todos a passarem por ela, indo ao encontro do ser espiritual que habita a matéria, guiando-nos ao caminho do bem, sem atalhos.
Numa visão mórbida dos problemas atuais, os jornais televisivos transformam essas catástrofes em índices de audiência levando as massas a repetirem inúmeras vezes: é o fim do mundo! No entanto, para aqueles que possuírem um pouco mais de tempo para refletirem, compreenderão que por trás de cada tragédia,
há a mão de Deus operando para que sua justiça se estabeleça em todos os problemas existenciais, mesmo nos acidentes das mais variadas formas:  automobilísticos, aéreos, de trens que se chocam, edifícios que caem, o tempo que muda, o mar que regurgita, o sol que sobre-aquece, a água que falta... E os moradores dessa terra continuam a caminhar sobre esses escombros como se não tivessem olhos para ver nem ouvidos para ouvir.
Sabemos que os que partem juntos desse planeta rumo a outras paragens, deverão se educar melhor, aprender a respeitar e a serem gratos pela benção da vida, auxiliando a melhorar outra humanidade.
No tempo passado da minha infância, do que mais sinto saudade não é das brincadeiras ou dos sonhos infantis, e sim da paz que havia naqueles tempos. Era uma calmaria, como o mar na maré baixa que repousa esperando o grande volume d’água que o fará subir e se derramar por praias sem fim. Porém, tal calmaria se transformou em fortaleza, como se essa paz do passado tivesse apenas servido para o enfrentamento dos dias atuais àqueles que puderam sentir dentro e fora de si mesmos uma energia tranquilizadora, muito embora o processo de transformação social e psicológico da sociedade já estivesse instalado.
Hoje é outra estação... As folhas estão caindo dependendo da força do vento. Em alguns locais elas caem em maior intensidade, em outros, aos poucos, sem pressa, porque sabem que, em breve chegará a primavera e flores mais belas surgirão.
Assim é a humanidade. Quando eu era criança pensava como criança, mas hoje, adultos, temos a Doutrina Espírita a nos esclarecer e iluminar os pensamentos de menino.
É preciso amar a vida, seja ela inverno ou verão, outono ou primavera, porque sabemos que em todas as estações brilha o sol acima das nuvens e que muito em breve, na última hora, nossas mentes darão o salto quântico para um novo nível consciencial, com infinitas possibilidades de conhecimentos. Então haveremos de ser seres caridosos, finalmente aprendendo a utilizar a maior ferramenta intelectual, emocional, de valor incomensurável que é o uso correto do amor, o qual, sendo colocado acima do velador, iluminará todos os seres humanos. Estes serão chamados a formar uma nova humanidade, numa terra regenerada, livre da ação do mal, que será compreendido e perdoado. Como no primeiro milagre de Jesus nas bodas de Caná, o grande casamento entre o bem e o mal se dará pelo milagre da transformação, em que o melhor sentimento surgirá para todos aqueles que puderem ver e ouvir o chamamento de Deus, que unindo uns aos outros fará com que o Amor seja a única moeda a ser utilizada entre todas as raças da terra.
A Terra que ora passa por mudanças radicais em sua sociedade, precisa se religar a Deus, seu Criador, atravessando esse período de turbulência com a confiança de que não cai um só fio de cabelo sem Sua permissão. Aumentar o sofrimento com a ilusão das tragédias batendo em nossas portas, não fará de nenhum de nós seres melhores, pois o medo congela a vontade de lutar. Que venham os novos tempos, pois eles são chegados, mas que venha também a fé irrestrita em Deus que nos sustentará diante da prova, nos conduzindo, embora as dores físicas, à transformação moral, a qual nos elevará à categoria de HOMENS DE BEM!

Pensamento
“A alma não pode achar harmonia senão no conhecimento e na prática do bem e somente dessa harmonia é que flui para ela, a felicidade.”

Reflexão
“Por todos os procedimentos medianímicos, os Espíritos superiores se esforçam em trazer a alma Humana das profundidades da matéria para as altas e sublimes verdades que regem o Universo, para que se revistam dos altos fins da vida e encarem a morte sem terror, pra que aprendam a desprender-se dos bens passageiros da Terra e prefiram os bens imperecíveis do espírito.”

Veja mais no informativo:

  • Série Mediunidade - Mediunidade e Criança
  • Série Sentimento - Poema aos Imortais
  • Série Doutrinária - A Tragédia Sob a Ótica Espírita
  • Série Intercâmbio Mediúnico - O que São Tragédias?
  • ATENDIMENTO FRATERNO

Leia mais em:
http://users.hotlink.com.br/rafp/PAI_InfAbr2012.pdf