17 fevereiro, 2015

Inveja

           A  inveja é definida como sendo o desejo de possuir e de ser o que os outros são, podendo tornar-se uma atitude crônica na vida do ser humano. Considerada como uma das dores da alma é caracterizada como um desajuste, uma neurose ou um desequilíbrio íntimo. (HAMMED, 1998).

O desejo de possuir o que é alheio atrai ainda mais sentimentos primitivos como ambição, egoísmo, orgulho, vaidade. Segundo Hammed (1998), a inveja leva por consequência, à maledicência, que tem por base ressaltar os equívocos e difamar o próximo. Refere ainda que a inveja é o extremo oposto da admiração, já que macula o outro para compensar a indolência e a ociosidade própria.

Os objetos de cobiça levantam-se diante de nós como fantasmas que não nos dão nenhuma trégua e nos perseguem até no sono. O homem cria para si suplícios voluntários e a Terra torna-se um verdadeiro inferno! (L.E., questão 933). Hammed (1998) ressalta que não podemos comparar e querer tomar como padrão o modelo vivencial do outro.

 A inveja, considerada uma das torturas da alma (L.E., questão 933), é um sentimento que destrói deixando marcas profundas em nosso períspirito. Os irmãos desencarnados que se encontram nessa vibração aproximam-se de nós, mantendo essas sensações em nossos corações.

 E isso, vai além de nosso períspirito; emanamos essas vibrações ao próximo o qual invejamos. A inveja, muitas vezes, é tão intensa que chegamos a destruir o que pertence ao outro, bem como a nós, seja ele de ordem material ou espiritual.

 A inveja, assim como todas as “dores da alma”, provoca um aperto no peito, uma dificuldade de respirar, uma sensação de que o coração vai se partir (Hammed, 1998).

 Esse sentimento consciente interno é muitas vezes expresso inconscientemente através de gestos, olhares e/ou palavras. Entretanto suas consequências só retardam nossa evolução espiritual.
 
Somente alteraremos nossos atos e atitudes doentios quando tomarmos plena consciência de que são eles as raízes de nossas perturbações emocionais e dos inúteis desgastes energéticos. (Hammed, 1998)

A aceitação de nossas imperfeições assim como de nossas virtudes, é um dos passos para nossa evolução espiritual neste planeta.  Para isso devemos seguir a máxima do Espiritismo: Orai e vigiai, harmonizando o nosso espírito com a Espiritualidade superior através da prece diária e realizando o exercício do autoconhecimento através da vigília sadia de nossos atos.

 Devemos agradecer ao nosso Mestre maior, por tudo que Ele nos proporciona para nossa evolução, seja uma privação ou uma abundância, de ordem material ou espiritual, como prova ou expiação.

                                                                        Ana Cristina Montenegro – RM CECAM

Médico da almas