24 outubro, 2009

Projeto Amai-vos e Instruí-vos – Outubro de 2009

Editorial - Educar é um ato de amor

“O Espiritismo cristão não oferece ao homem tão-somente o campo de pesquisa e consulta, no qual raros estudiosos conseguem caminhar dignamente, mas, muito mais do que isso, revela a oficina de renovação, onde cada consciência de aprendiz deve procurar sua justa integração com a vida mais alta, pelo esforço interior, pela disciplina de si mesma, pelo auto-aperfeiçoamento”. De acordo com o modelo tradicional, ao pensarmos em educação vem logo a nossa mente a idéia de se estabelecer processos de ensino e aprendizagem. Tratando-se da vida do ser encarnado, entretanto, não podemos nos restringir a estática dos conceitos. Tornase necessário, quiçá imprescindível, observarmos também o dinamismo temporal da existência humana. O tempo escoa rapidamente e a existência física, enquanto oportunidade de crescimento, não o acompanha na mesma velocidade e acabamos transferindo as oportunidades para depois, para o futuro.
Nesse contexto, a educação formal prepara o indivíduo para enfrentar os desafios do mundo atual, que se caracteriza pela velocidade das relações e das comunicações, pelo estímulo a competição e pelo desprezo aos valores morais do ser humano. As religiões, por outro lado, são consideradas coisas do passado e Deus passou a ser um substantivo próprio, na maioria das vezes, impropriamente empregado. As famílias também se contentam em ser meros pontos de apoio e fornecedoras de bens matérias ao indivíduo, sem compromissos maiores com a formação do indivíduo e da sociedade. Enfim, os interesses estão voltados, basicamente, para o mundo material, como se a existência física se confundisse com a vida plena e ambas terminariam no nada, “esquecendo-se”, desse modo, do compromisso reencarnatório e da imortalidade da alma.
A Doutrina Espírita, diferentemente, nos oferece outro modelo de educação, com fundamento no ser integral – espírito, perispírito e corpo – no desenvolvimento de valores morais cristãos e, em especial, do amor. Esclarece, ademais, que há sucessivas existências e inúmeras escolas de aperfeiçoamento disponíveis a cada momento da vida plena, assim como nos chama a atenção para a liberdade com responsabilidade e para os limites que as leis divinas nos impõem, sintetizados luminosamente na passagem evangélica: “fazei aos outros aquilo que queres que vos façam”. Dessa forma, o Espiritismo nos convida, por meio de suas obras básicas e complementares, a nos conhecermos intimamente – enquanto espírito eterno e temporariamente em vestes carnais – a descobrirmos o porque de nossas dores e sofrimentos, de onde viemos e para onde iremos após o término da existência corporal, constituindo-se, assim, em um seguro e divino roteiro para equacionar as grandes dúvidas existenciais do homem. De posse desses conhecimentos, então, o ser humano encontrar-se-á habilitado para realizar sua própria educação moral, o que certamente implicará na melhoria de sua educação familiar e social.
Para além disso – e, sem dúvida, mais importante do que todo o conhecimento que se possa transmitir ou adquirir – é lembrarmos que educar é um ato de amor e que esse sentimento tão nobre e tão bem exemplificado pelo divino Mestre Jesus se concretiza por meio do auto-amor, do amor ao próximo, do amor a Deus e a toda criação divina. Não basta, portanto, apenas nos instruirmos, mas necessariamente nos amarmos, sempre e cada vez mais.

Pensamento
"Em todas as nossas relações sociais, em nossas relações com os nossos semelhantes, é preciso que nos lembremos constantemente disso: Os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos diversos na escala da evolução pela qual todos subimos. Por conseguinte , nada devemos exigir, nada devemos esperar deles, que não esteja em relação com o seu grau de adiantamento".

Reflexão
"Não basta crer e saber, é necessário viver nossa crença, isto é, fazer penetrar na prática diária da vida os princípios superiores que adotamos; é necessário habituar-mo-nos a comungar pelo pensamento e pelo coração com os Espíritos eminentes que foram os reveladores, com todas as almas de escol que serviram de guias à Humanidade, viver com eles numa intimidade cotidiana, inspirar-nos em suas vistas e sentir sua influência pela percepção íntima que nossas relações com o mundo invisível desenvolvem".


Veja mais no informativo:

  • Série Mediunidade - As mulheres médiuns de destaque na História da Humanidade (Parte II)
  • Série Intercâmbio Mediúnico
  • Série Sentimento - Vigilância
  • Série Doutrinária - Evangelização Espírita e Juventude: desafios e perspectivas
  • Atendimento Fraterno
  • Série Reflexões de Um(a) Aprendiz - Experiências de um Grupo Espírita na Cidade de Ottawa - Canadá (Parte I)
  • Série Reflexões de Um(a) Aprendiz II - Minha experiência na Feira do Livro Espírita em São José dos Campos – SP

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