O isolamento
na língua portuguesa significa ação de isolar, separar dos demais. Temos ao
longo da história da Humanidade o acontecer do isolamento: por fenômenos
climáticos ou geológicos; os campos de concentração, como os da segunda guerra
mundial, e os da Sibéria no início do século passado, segundo narrativas; os de
causas determinadas pela Justiça no caso de criminosos; dos doentes mentais com
diagnósticos de risco; dos profitentes de algumas religiões que se isolam para
meditação; o vale dos leprosos descritos nos estudos evangélicos; também
encontramos a descrição do vale dos suicidas narrados pelo Espírito Andre
Luiz
através do médium Francisco Candido Xavier; entre outros. Mas quando se
trata de isolamento social se nos afigura como algo mais sério, algo que nos
leva a cumpri-lo, mesmo quando contra a nossa vontade e ditado por um “tirano”
materialmente difícil de se identificar. Qualquer que seja a razão que nos leve
ao isolamento social, ele traz consequências comportamentais que vão influindo
nos relacionamentos mesmo que sejam virtuais.
A
fragilidade humana, característica daqueles que tiveram a Terra, Planeta de Expiação e Provas
como moradia, leva o indivíduo a expressar sentimentos que estavam sob
controle, no limite do suputável, a aflorarem com intensidade espantosa. Acontece
quando, contra a própria vontade, se vê obrigado a conviver consigo mesmo, a
encarar com dificuldade sua relação com os de mais convivas que muitas vezes
são desafetos; ou mesmo a encarar o estar só, quiça na solidão. Isto acaba muitas
vezes levando o indivíduo a revolta contra o próximo, ou contra si mesmo, a
desenvolver até mesmo sentimentos de culpa, sem saber a causa.
Convém neste
momento nos lembrarmos de um dos maiores exemplos que historicamente chegam até
nós pelas obras religiosas, tais como a Bíblia e os Evangelhos. Dentre essas
informações temos um dos mais significativos - O isolamento social de Jesus
por quarenta dias no deserto e das tentações que sofreu.
“O Evangelho de Lucas 4,1-13 narra o início
do ministério de Jesus, que movido pelo Espírito Santo recolheu-se em jejum de 40 dias no deserto
onde passou pela provação humana. Durante esse tempo foi tentado pelo demônio, inclusive
ao passar fome, pois nada comeu até o final do jejum. O demônio provocou-o
a três tentações específicas, e com
prepotência diabólica, preparou-lhe armadilhas esperando os momentos de mais
fragilizado”.
Portanto lembrando Jesus, nosso modelo e
guia.
Da narrativa muito bem descrita na obra “Trilhas da
Libertação” do Espírito Manoel Philomeno
de Miranda psicografado pelo médium
Divaldo Pereira Franco, onde
descreve o planejamento das trevas para
atormentar os homens criando, o que chamou “as quatro legítimas verdades”, a saber: o homem (um
animal sexual que se compraz no prazer); o narcisismo (filho
predileto do egoísmo, pai do orgulho e da vaidade);
o poder
(alçapão que não poupa quem quer que seja) e o dinheiro (que
compra vidas e escraviza almas).
Podermos então inferir que Jesus no seu momento de isolamento social auriu força e
prosseguiu até o fim com determinação a sua missão. Tudo isto mesmo sendo
atormentado pelos espíritos das trevas, em sua fragilidade física, mas não de
fragilidade moral, pois sempre presente em sua mente estava a missão para qual
foi escolhido pelo PAI e
sua fé era inabalável.
Considerando que as trevas não perdem as oportunidades que se lhes
apresentam, atentas às nossas fragilidades buscam trazer desconforto, mostrando
o que estamos perdendo por uma ameaça virótica. Estimulando-nos às
insatisfações; às perdas materiais que estamos sofrendo; às revoltas e até
mesmo à negação de DEUS.
Existem formas de encararmos o isolamento social: (a) que não é a primeira vez que o isolamento
acontece e como das outras vezes, acaba; (b) que os homens estão tendo a
oportunidade de repensar as suas relações consigo mesmo e com o próximo,
principalmente se esse próximo convive com ele; (c) que, através da
inteligência que DEUS
o dotou, o homem tem a oportunidade de buscar saídas através da Ciência; (d) tirar
a fé das leituras e colocá-la no coração e na mente; (e) ter a oportunidade de
resgatar o passado que foi construído em reencarnações anteriores, cumprindo a Lei do Progresso e finalmente, (f) lembrar que
o homem é o arquiteto do seu destino.
Não é uma visão fatalista... no Evangelho Segundo Espiritismo
encontramos no capítulo 19, item 12 a descrição da fé: ”A fé é o
sentimento inato, no homem da sua destinação futura; é a consciência que tem
das faculdades imensas cujo germe foi
depositado nele, primeiro em estado
latente. E que deve fazer eclodir e
crescer por sua vontade ativa”... “A fé é humana e divina segundo o homem
aplique suas faculdades às suas necessidades terrestres ou às suas aspirações
futuras”.
Repensando o texto acima podemos concluir que este momento,
aparentemente ameaçador, não é mais que a possibilidade de uma revisão do homem
enquanto ser transitório no Planeta Terra. Mais ainda, que através da sua
inteligência pode compreender o que passa em torno de si e adotar as medidas
que a experiência de outros que passaram ou ainda passam pela vivência podem
lhe trazer. Lembrando que o Isolamento Social é uma forma indolor de se enfrentar o
vírus circulante.
“OUÇAMOS OS NOSSOS CORAÇÕES, USEMOS A
NOSSA INTELIGÊNCIA. ACREDITEMOS NA NOSSA FÉ E OUÇAMOS OS CONSELHOS DOS ÓRGÃOS
DE SAÚDE QUE ZELAM POR NÓS”
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