27 maio, 2020

ARTIGO: ISOLAMENTO SOCIAL – O QUE É?


O isolamento na língua portuguesa significa ação de isolar, separar dos demais. Temos ao longo da história da Humanidade o acontecer do isolamento: por fenômenos climáticos ou geológicos; os campos de concentração, como os da segunda guerra mundial, e os da Sibéria no início do século passado, segundo narrativas; os de causas determinadas pela Justiça no caso de criminosos; dos doentes mentais com diagnósticos de risco; dos profitentes de algumas religiões que se isolam para meditação; o vale dos leprosos descritos nos estudos evangélicos; também encontramos a descrição do vale dos suicidas narrados pelo Espírito Andre Luiz através do médium Francisco Candido Xavier; entre outros. Mas quando se trata de isolamento social se nos afigura como algo mais sério, algo que nos leva a cumpri-lo, mesmo quando contra a nossa vontade e ditado por um “tirano” materialmente difícil de se identificar. Qualquer que seja a razão que nos leve ao isolamento social, ele traz consequências comportamentais que vão influindo nos relacionamentos mesmo que sejam virtuais.
A fragilidade humana, característica daqueles que tiveram a Terra, Planeta de Expiação e Provas como moradia, leva o indivíduo a expressar sentimentos que estavam sob controle, no limite do suputável, a aflorarem com intensidade espantosa. Acontece quando, contra a própria vontade, se vê obrigado a conviver consigo mesmo, a encarar com dificuldade sua relação com os de mais convivas que muitas vezes são desafetos; ou mesmo a encarar o estar só, quiça na solidão. Isto acaba muitas vezes levando o indivíduo a revolta contra o próximo, ou contra si mesmo, a desenvolver até mesmo sentimentos de culpa, sem saber a causa.
Convém neste momento nos lembrarmos de um dos maiores exemplos que historicamente chegam até nós pelas obras religiosas, tais como a Bíblia e os Evangelhos. Dentre essas informações temos um dos mais significativos - O isolamento social de Jesus por quarenta dias no deserto e das tentações que sofreu.
“O Evangelho de Lucas 4,1-13 narra o início do ministério de Jesus, que movido pelo Espírito Santo recolheu-se em jejum de 40 dias no deserto onde passou pela provação humana. Durante esse tempo foi tentado pelo demônio, inclusive ao passar fome, pois nada comeu até o final do jejum. O demônio provocou-o a três tentações específicas, e com prepotência diabólica, preparou-lhe armadilhas esperando os momentos de mais fragilizado”.
Portanto lembrando Jesus, nosso modelo e guia.
 Da narrativa muito bem descrita na obra Trilhas da Libertação”  do Espírito Manoel Philomeno de Miranda psicografado pelo médium  Divaldo Pereira Franco, onde descreve o planejamento das trevas para  atormentar os homens criando, o que chamou  as quatro legítimas verdades, a saber: o homem (um animal sexual que se compraz no prazer); o narcisismo (filho predileto do egoísmo, pai do orgulho e da vaidade); o poder (alçapão que não poupa quem quer que seja) e o dinheiro (que compra vidas e escraviza almas).
Podermos então inferir que Jesus no seu momento de isolamento social auriu força e prosseguiu até o fim com determinação a sua missão. Tudo isto mesmo sendo atormentado pelos espíritos das trevas, em sua fragilidade física, mas não de fragilidade moral, pois sempre presente em sua mente estava a missão para qual foi escolhido pelo PAI e sua fé era inabalável.
Considerando que as trevas não perdem as oportunidades que se lhes apresentam, atentas às nossas fragilidades buscam trazer desconforto, mostrando o que estamos perdendo por uma ameaça virótica. Estimulando-nos às insatisfações; às perdas materiais que estamos sofrendo; às revoltas e até mesmo à negação de DEUS.
Existem formas de encararmos o isolamento social:  (a) que não é a primeira vez que o isolamento acontece e como das outras vezes, acaba; (b) que os homens estão tendo a oportunidade de repensar as suas relações consigo mesmo e com o próximo, principalmente se esse próximo convive com ele; (c) que, através da inteligência que DEUS o dotou, o homem tem a oportunidade de buscar saídas através da Ciência; (d) tirar a fé das leituras e colocá-la no coração e na mente; (e) ter a oportunidade de resgatar o passado que foi construído em reencarnações anteriores, cumprindo a Lei do Progresso e finalmente, (f) lembrar que o homem é o arquiteto do seu destino.
Não é uma visão fatalista... no Evangelho Segundo Espiritismo encontramos no capítulo 19, item 12 a descrição da fé: A fé é o sentimento inato, no homem da sua destinação futura; é a consciência que tem das faculdades  imensas cujo germe foi depositado  nele, primeiro em estado latente. E que  deve fazer eclodir e crescer por sua vontade ativa”... “A fé é humana e divina segundo o homem aplique suas faculdades às suas necessidades terrestres ou às suas aspirações futuras”.
Repensando o texto acima podemos concluir que este momento, aparentemente ameaçador, não é mais que a possibilidade de uma revisão do homem enquanto ser transitório no Planeta Terra. Mais ainda, que através da sua inteligência pode compreender o que passa em torno de si e adotar as medidas que a experiência de outros que passaram ou ainda passam pela vivência podem lhe trazer. Lembrando que o Isolamento Social é uma forma indolor de se enfrentar o vírus circulante. 

“OUÇAMOS OS NOSSOS CORAÇÕES, USEMOS A NOSSA INTELIGÊNCIA. ACREDITEMOS NA NOSSA FÉ E OUÇAMOS OS CONSELHOS DOS ÓRGÃOS DE SAÚDE QUE ZELAM POR NÓS”

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