23 janeiro, 2009

Projeto Amai-vos e Instruí-vos - Dezembro

Editorial - Natal, Família e Amor

É noite e uma brisa suave, ligeiramente perfumada com o aroma doce e delicado da natureza, envolve Belém, na Judéia. Ali, na singela manjedoura – Maria e José, acompanhados de simples pastores, camponeses e de mulheres humildes – contemplam a presença física inicial, mas profundamente luminosa e pacificadora, do menino Jesus no Planeta Terra. De acordo com Emmanuel, “Uma atividade única registra-se, então, nas esferas mais próximas do planeta, e, quando reinava Augusto, na sede do governo do mundo, viu-se uma noite cheia de luzes e de estrelas maravilhosas. Harmonias divinas cantavam um hino de sublimadas esperanças no coração dos homens e da Natureza. A manjedoura é o teatro de todas as glorificações da luz e da humildade, e, enquanto alvorecia uma nova era para o globo terrestre, nunca mais se esqueceria o Natal, a ‘noite silenciosa, noite santa’” (A Caminho da Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, 26ª ed., Federação Espírita Brasileira: Brasília, DF, p. 104).
É Natal! Jesus nasceu e com Ele todas as esperanças de uma humanidade nova, renovada pelo amor, pela compreensão e pela fraternidade. Com efeito, se nos detivermos alguns minutos a refletir sobre a imagem acima descrita, perceberemos, já desde o início de Sua existência, a comunhão exemplar do Divino Mestre com a criação de Deus, em especial, com a Natureza, com a família e com o próximo. É, pois, com essa imagem simbólica do nascimento de Jesus, que trazemos algumas reflexões sobre essa tríade divina – Natal, Família e Amor – desde sempre presentes nas comemorações natalícias.
É Natal! Jesus nasceu. Mas o que isto significa para a humanidade? Quantos povos, ainda, não O conhecem? Quantos são aqueles que O conhecem e, mesmo assim, não seguem seus ensinamentos? Quantos já O esqueceram? Certamente, cabe, nestes momentos que antecedem o dia escolhido para comemorar o nascimento de Jesus, uma reflexão profunda sobre onde, ou em que, estamos depositando a nossa fé. Na preocupação com a reforma da casa? Com os presentes que precisam ser comprados ou retribuídos? Nas frases de efeito nos cartões comemorativos? No cardápio para a ceia? Na reunião da família nuclear? Mas de que adiantam as lâmpadas coloridas, as árvores de Natal enfeitadas, se o nosso coração não está iluminado pela presença de Jesus? Será que só temos lembrado Dele nos momentos egoístas das nossas aflições e desesperos? O que estamos fazendo com o amor que Ele nos ensinou e exemplificou?
É bem verdade que caminhamos em uma época de dificuldades de toda ordem: as crises financeiras, a violência que se alastra, os desastres ecológicos, a fome, a ignorância, o esquecimento do próximo. Mas também, não é menos verdadeiro que há mais de dois mil anos já possuimos o consolo sublime para as nossas aflições, bem como o roteiro seguro para nossa melhoria moral e, por conseguinte, para a nossa felicidade geral. Será que já não está na hora de nos propormos – e efetivarmos – as tão indispensáveis mudanças e, quem sabe, de começar pelo exercício diário da caridade, com a imagem do que Jesus faria diante das situações que nos deparamos diuturnamente? Será que já não é hora de exercitarmos o amor na sua mais ampla acepção, de lembrarmos do “amai-vos uns aos outros”, do “amor aos nossos inimigos”, de admitirmos que o próximo tem a mesma essência espiritual que nós, ou
seja, o mesmo Pai? Que, mesmo mantendo os hábitos natalinos, poderemos colocar o amor em cada ato, em cada gesto?
É Natal! Jesus nasceu. Tempo, também, das aconchegantes e, quase sempre, deliciosas reuniões de confraternizações com os familiares e com os amigos. Mais ainda: de compreendermos a família em suas duas acepções, conforme o Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIV, item 8: i) a família pelos laços corporais – a nuclear, responsável pela formação física, intelectual, moral e espiritual do indivíduo e, consequentemente, da própria sociedade (LE, Parte 3ª, Cap. VII, q. 774) e ii) a família pelos laços espirituais – a universal, aquela unificada por um mesmo ideal, que é a realização da Vontade do Pai.
E nessa direção da família universal, nós gostaríamos, desde já, de agradecer a oportunidade bendita e generosa que os integrantes do Projeto Manoel Philomeno de Miranda – que atuam, desde 1965, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador-BA, e na sua obra social, Mansão do Caminho – nos concedeu, em 14 de Dezembro do corrente ano, ao realizar um breve, mas bastante esclarecedor, encontro no Cenáculo Espírita Casa de Maria – CECAM, numa perfeita e admirável adequação de conduta espírita e evangélica, como já indicava o grandioso codificador, no Livro dos Médiuns, Cap. XXIX, item 334: “Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã”. Agradecemos, portanto, de coração aos valiosos amigos da equipe mencionada, bem como ao CECAM – que, mais uma vez, em uma atitude de confiança e de fraternidade cristã, nos apoiou nesse encontro – e aos amigos de ideal que estiveram presentes e compartilharam conosco de tão agradáveis e elucidativos momentos.
É Natal! Jesus nasceu e com Ele a essência divina: o Amor, esse sol que nos ilumina e nos aquece, que nos protege e nos assegura uma existência plena de realizações materiais e espirituais. Com Jesus nos descobrimos irremediavelmente submetidos à lei de amor, solução para todas as nossas angústias e desavensas e para o fortalecimento de todos os nossos laços de afetividade e de amizade. Celebremos, pois, o Natal, a Família e o Amor.
Que Deus ilumine, proteja e nos permita, cada dia mais, usufruírmos da companhia fraterna, salutar e engrandecedora de todos os amigos, colaboradores, simpatizantes, defensores e, até mesmo, críticos do Projeto “Amai-vos e Instruí-vos”. A todos os nossos sinceros e afetuosos agradecimentos.

Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

Equipe do Projeto

Pensamento

“Verificamos que a grande dificuldade que se apresenta, obstaculizando o perdão aos outros, tem sido correspondente à dificuldade que cada um tem de autoperdoar-se.”
(in a Carta Magna da Paz, mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira ditada pelo Espírito Camilo)

Reflexão
“A figura de Jesus de Nazaré era profundamente humilde e a Sua humildade mostrava-O como alguém sempre pronto a servir a cada uma das ovelhas, a cada uma das criaturas de Deus colocadas sob seus cuidados.”
(in a Carta Magna da Paz, mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira ditada pelo Espírito Camilo)

Veja mais no informativo:

  • Série Mediunidade - Mediunidade com Jesus
  • Série Sentimento - E por refletir sobre a família...
  • Série Doutrinária - Síndrome de Pais Ausentes
  • Série Intercâmbio Mediúnico
  • Cenáculo Espírita Casa de Maria – CECAM - A Família
  • Série Reflexões de Um(a) Aprendiz

Faça o download aqui: http://users.hotlink.com.br/rafp/PAI_InfDezembro2008.pdf

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